FUNÇÃO SINTATICA DOS SINTAGMAS

 




SINTAGMA

“O termo sintagma provém da terminologia militar grega, em que designavam um esquadrão, ou seja, um número fixo de soldados, distribuídos de forma também regular, aos quais eram atribuídas funções próprias. Os linguistas se apropriaram desse termo, que parecia talhado para indicar o modo como o substantivo, o verbo, o adjetivo, o advérbio e a preposição costumam agregar outras classes de palavras. Como todo termo técnico, ele foi assumindo diferentes acepções que importa distinguir. Inicialmente, significava qualquer combinação na cadeia falada, como uma realização do eixo sintagmático. Os exemplos dados por Saussure (reler, contra todos, a vida humana, Deus é bom, Se fizer bom tempo, sairemos) mostram que para ele um sintagma podia ser tanto uma estrutura morfológica, como em reler, quanto uma estrutura sintática, de nível sintagmático, como em contra todos, a vida humana, ou de nível sentencial, como Deus é bom, Se fizer bom tempo, sairemos. O estruturalismo especializou o termo, restringindo-o à designação dos grupos de palavras que formam uma unidade gramatical hierarquizada maior que uma palavra, pois resulta de uma associação de palavras, e menor que a sentença, de que é um constituinte [...]” CASTILHO, Ataliba T. Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2010 (p.55-56).

Os sintagmas são unidades mínimas que possuem uma relação de determinação entre si. Entre seus tipos, estão o nominal, o verbal, o adjetival, o preposicional e o adverbial. As unidades mínimas que possuem uma relação de determinação são chamadas de sintagmas. Elas podem ser:

Sintagma nominal:

Constitui-se de um nome e seus respectivos determinantes. Geralmente são representados pelo sujeito e pelos complementos verbais da oração. Vejamos um exemplo:

Os alunos entregaram os livros.

Temos na oração dois sintagmas: os alunos, cujo núcleo é “alunos” e o complemento verbal representado pelo objeto direto, cujo núcleo é “livros”.


Núcleo do sujeito

João está calado.

Núcleo do predicativo do sujeito

Eles eram amigos.

Núcleo do predicativo do objeto

Tenho saudades da mamãe.

Núcleo do objeto direto

Chamei João várias vezes.

Núcleo do objeto indireto

Dei uma nova chance à Maria.

Núcleo do complemento nominal

A saudade da mamãe é insuportável.

Núcleo do adjunto adverbial

João convivia com a mentira.

Núcleo do adjunto adnominal

Isto é brincadeira de criança.

Núcleo do agente da passiva

A menina foi derrubada pelo cachorro.

Núcleo do aposto

Seu amor, presente dos céus, me preenchia.

Núcleo do vocativo

Senhores deputadoshonrem nossos votos!


A visitas chegaram. Temos o sujeito – as visitas; e o predicado – chegaram, representando, assim, o sintagma em evidência.

Sintagma adjetivo

Constitui-se do complemento nominal e seus respectivos advérbios modificadores e pelo predicativo, introduzido pelo verbo de ligação. Observe:

Aquela garota é gentil. Temos o sintagma adjetivo, representado pelo predicativo do sujeito “gentil”.

Sintagma adverbial

É formado pelo advérbio e seus modificadores. Vejamos:

Jamais acreditarei em você. Temos que o advérbio de negação “jamais” representa o sintagma adverbial.

Sintagma preposicional

Constitui-se da locução prepositiva, servindo de modificador de qualquer outro sintagma. Observemos:

Somos todos muito responsáveis pelo cumprimento de todos os deveres. Temos que “pelo cumprimento de todos os deveres” representa o sintagma preposicional.

 

 

REFERENCIAS

DE NÍCOLA, José. Português: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2005. v.1.

 

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